sexta-feira, 2 de julho de 2010

Frigorifico

Vou falar sobre um equipamento lá de casa, o meu frigorífico, um Telefac DPF240A.
Antes de ser inventado o frigorífico, electrodoméstico indispensável em qualquer lar moderno, o homem conservava os alimentos envolvendo-os em pedras de gelo, tendo também recorrido ao sal para absorver o calor e prolongar o prazo de validade da comida.
William Cullen apresentou, em 1748, na Universidade de Glasgow, na Escócia, o primeiro processo de refrigeração artificial, mas a sua descoberta não chegou a ter utilização prática. Assim sendo, foi necessário esperar até ao século XIX para que se efectuassem as primeiras experiências para obter frio através de um sistema artificial. Foram utilizadas máquinas de éter comprimido, uma da autoria do norte-americano Oliver Evans, em 1805, e outra surgida cinquenta anos mais tarde, na Austrália, pela mão de James Harrison. Dentro deste período de tempo, em 1844, nos Estados Unidos da América apareceu uma máquina de refrigeração de ar expandido, inventada por John Gorrie.
Foi um francês, Ferdinand Carré, quem, em 1859, aplicou um sistema onde um líquido volátil, como a amónia, circulava à volta da caixa por acção de um compressor para manter o frio, mas a sua máquina, apesar de ser a primeira a ter aplicação comercial, era pouco prática e não tinha mobilidade. Os mais descontentes foram os proprietários de barcos que queriam transportar alimentos perecíveis. O suíço Raoul Pictet optou, em 1874, pelo bióxido sulfúrico. A máquina inventada por este último serviu para criar, em Londres, a primeira pista de gelo artificial do mundo.
Em 1873, é um alemão, Karl Von Linde, que apresenta a primeira máquina de refrigeração portátil de uso doméstico, enquanto Carré, quatro anos mais tarde, sensível aos problemas da marinha mercante, realizou um sistema destinado a navios, tendo possibilitado a construção do primeiro barco frigorífico. A encomenda tinha sido feita pelo Paraguai, que assim passou a transportar carne congelada da Argentina para o Brasil.
A evolução destas máquinas permitiu, poucos anos depois, substituir e eliminar as caixas de gelo utilizadas tanto nos lares como em restaurantes e que se dividiam em dois compartimentos, um para o gelo e o outro para a comida. Foi lançado em Chicago pela marca DOMELRE (DOMestic ELectric REfrigerator), em 1913, o primeiro frigorífico destinado a uso doméstico e, em 1923, apareceu um Electrolux eléctrico, que dois anos depois foi produzido em série, apesar de ser algo perigoso por produzir gases tóxicos. É nesta época também que aparecem os compartimentos para cubos de gelo.
Em 1930, a Electrolux lança o primeiro modelo para embutir nos móveis destinado às pequenas cozinhas dos apartamentos e, nove anos passados, sempre por iniciativa dos norte-americanos, surge o frigorífico antecessor dos aparelhos dos nossos dias, dividido em duas secções. Uma destinada a produtos congelados e outra que os mantinha apenas frios. No entanto, foi preciso esperar pelo final da Segunda Guerra Mundial para que o frigorífico passasse a ser um aparelho fabricado e comercializado em grande escala. A vulgarização deste electrodoméstico originou graves problemas ecológicos devido à emissão de gases tóxicos para a atmosfera e a partir da década de 70 começaram a surgir no mercado frigoríficos que consumiam menos energia e libertavam menos poluentes.
O frigorífico é hoje em dia um dos electrodomésticos considerados indispensáveis, pela necessidade de armazenar e conservar os alimentos frescos por mais tempo.
O seu funcionamento consiste em expulsar da cabina o ar quente, mantendo o seu interior bastante fresco, entre 3 ºC e 5 ºC aproximadamente, e no caso do congelador, cerca de -18 ºC. Isto é conseguido através da utilização de um líquido refrigerante - HCFCs (hidroclorofluorcarbonetos) ou HFCs (hidrofluorcarbonetos) - que circula na serpentina. O calor do interior da cabina é absorvido pelo líquido, que evapora, arrefecendo-a. Em seguida, o refrigerante, agora no estado de vapor, é novamente conduzido ao estado líquido por acção do condensador, operação que requer energia, recomeçando o ciclo.


O meu frigorífico é um Telefac DFP240A, tem aproximadamente 1,40 por 0,55 m, com duas portas sendo uma delas a do congelador. Quando o comprei, uma das coisas que tive em atenção foi o preço e a classe de energia e por isso mesmo é de classe A, o que faz com que consuma menos energia.
Escolhi-o não por ser um status, mas sim por ser algo que me é indispensável.
Desde a existência do frigorífico que ele mudou a forma como se vive e se está no Mundo.
No Verão sabe muito bem ir ao frigorífico e beber uma bebida fresca e nos dias frios quando estou em casa a ver televisão sabe bem ir ao frigorífico buscar uma piza e aquecê-la no microondas. Sem o frigorífico seria impossível guardar os alimentos em casa sem que eles se estragassem.
Normalmente costumo colocar nas prateleiras do meio e nas de cima alguns ovos, o leite e derivados, restos de refeições, bolos e os produtos que dizem que é para conservar no frigorífico depois de aberto.
Na prateleira que está em cima das gavetas dos legumes é o local indicado para colocar a carne e peixe fresco e as prateleiras da porta costumo colocar as bebidas, a mostarda, manteiga e os ovos.

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